segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Se a esmola é demais o santo desconfia

Dia desses, uma amiga Queridona, conheceu um pretendente num site de relacionamento. Empolgada, contou que o Panga, logo da primeira vez que saíram, falou em namoro.

Dando uma de Queridão interessado, disse também que gostaria que ela tirasse a foto do ex do facebook. Não parou aí: Ainda acrescentou que se o namoro engatasse não queria mais ver o perfil dela no site de relacionamento onde se conheceram. Ele também retiraria o dele.

Não querendo ser pessimista, mas sendo, estranhei e e perguntei :

- Você não acha que tá indo rápido demais para ser verdade? Tem alguma coisa estranha com esse Panga.

- Ele quer me namorar. Só isso.

Pois bem, pelo andar do namorico, parecia que o Panga desmentiria minhas previsões apocalípticas.

Vejam : Na semana que se conheceram, ela estava no trabalho e a filha passou mal. O bravo guerreiro Panga Modernoso, saiu de carro de Canoas, pegou a Queridona amiga no trabalho e depois passou na casa dela, pegou a filha, futuríssima enteada, e foram para o hospital. O paraíso!

Apesar da felicidade da Queridona, ainda achei que algo não se encaixava. Questionei:

-Você não acha que tem algo estranho em tudo isso ? Tá rápido demais .

- É assim mesmo. Você está fora da realidade. ( eu?? Namorei em 3 semanas , tirando os meses de trova)

Duas semanas depois de terem se conhecido passaram um sábado romântico no apartamento do Panga. Domingo de manhã a carruagem virou abóbora. Depois de ter prometido uma programação intensa, com direito a churrasco , no domingão, o Panga disse para a Queridona que o programa havia furado. Precisava resolver uns probleminhas.

Resumindo : Despachou a Queridona, detalhe, num ponto de ônibus, e depois do ridículo episódio, a promessa de namoro desceu ladeira abaixo.

Agora, o Panga Churriado é presença constante no facebook . Posta fotos com várias mulheres. E está curtindo a vida adoidado.

Minha amiga Queridona, acredita agora, que realmente, tudo o que é BOM E RÁPIDO DEMAIS não custa ficar com um pé atrás. Afinal , coelhinho da páscoa, papai noel e príncipe encantado nunca existiram.

Como digo: Carência afetiva é péssima conselheira.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ciumenta!!

Você é o tipo de mulher que quando tem compromisso vive ligando para o amado de cinco em cinco minutos ? Sente prazer em fuçar a agenda do celular do moço ? Enlouquece quando percebe uma mulher bonita na lista de amigos do dele no, no Facebook e coisas do gênero ?
É ? Ah , então chega ! Diga NÃO ao ciúme e seja feliz !
Coloque uma coisa na sua cabeça : Se ele está com você é porque ele deseja estar ao seu lado. Não adianta ficar procurando traição. Achando que o seu sexto sentido é foda. Pode até ser que aconteça uma traição . E daí ? O que importa é o que ele sente por você.
Sinto dizer, mas quem gosta trai, sim. A facilidade hoje em dia é grande. E se você deixar ele livre para voar, certamente ele pode sentir sua falta e correr para os seus braços calientes. Já, se você encher o saco vigiando, cobrando, indo atrás, perguntando, o cara pode ficar farto das cobranças , e acabar traindo pra não desmentir você, ou pior ainda, cair fora da relação no sapatinho, porque homem normal nenhum no mundo, aguenta viver sob pressão durante muitos anos.
E quer saber ? Quando o parceiro quer aprontar, arruma um jeito, apesar de toda a vigilância. Por uma noitada de sexo, homem pega trem, barca, avião, transatlântico, catamarã, van ou coisa parecida . Ninguém impede. Sexo não é traição. A traição só acontece mesmo, quando se trata de sentimento. É assim que o homem vê ( eu não, e Sr Rogério esta bem avisado rsrs). Desejo não é amor. Satisfeito o desejo, pode ser que ele aquiete o fogo. Mas se você, encher os pacová do ser amado, por carência , ele acaba traindo outra e mais outra vez e aí , lamento, mas você pode dançar apesar do ciúme e da vigilância pitibulesca.
Coloca uma coisa na sua cabecinha linda e: Namoro, caso, casamento e etc e tal, não é posse. É uma relação. E relação só se sustenta na base do respeito, da amizade, da cumplicidade e do tesão.
Ciúme estraga qualquer relacionamento. Seja de amor. Amizade. Sexo. Etc e tal. Relaxa e cuida da sua vida . A dele, deixa que ele cuida sozinho.
Falei ??

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A realeza do sentimento acontece longe dos olhos alheios.

Pense por um minuto e me responda: qual o seu padrão de romantismo? Busque referências pessoais, literárias, cinematográficas e tente me traçar o que você considera um ato, um gesto ou um momento romântico. Mas reflita mesmo, baseie-se nas suas relações passadas, na atual, nos seus momentos reais. Vai, pare de preguiça, feche os olhos e virá algo na cabeça e no peito… mais fácil do que imagina. Pode ser algo que tenha feito, mas prefiro que pense em algo que fizeram por e para você.

Agora que pensou, o que sentiu? Pois é. O que é romantismo? Como definir um gesto como algo romântico? Como viver um romance sem cair na pieguice projetada ou na cobrança unilateral ou na ação não-exercida?

E confesso que me vejo em um padrão diferente do propagado e esperado pelo mundo, ainda mais em tempos de redes sociais onde tudo é registrado e esfregado em nossas caras. Não gosto de usar o termo “romantismo de antigamente” porque parece que é algo que não se usa mais, que ficou para trás, que está defasado e fora de uso. Mas para mim não.

Sim, acredito que o romantismo seja ensinado e repassado, especialmente pela mãe. A mãe tem o poder de criar verdadeiros homens e mulheres, com caráter e com romantismo nato. Eu mesmo aprendi a ser um com a minha mãe e nunca o romantismo esteve longe da pauta. Pelo contrário: ela cobrava de mim posturas que eu esperava que tivessem com ela e comigo. E não há nada mais gostoso do que saber que estamos sendo bem cortejadas e bem cuidadas. No dia a dia, nas pequenas coisas, longe dos holofotes da opinião alheia.

Mas muitos hoje criticam isso. Há quem ache ridículo homem comprar absorvente e anticoncepcional da mulher ou carregar sua bolsa enquanto caminhamos com aquele sapato lindo – mas péssimo para andar e se equilibrar – por uma calçada irregular ou quando vai ao banheiro de uma festa ou de um shopping. Criticam de uma forma até repreensiva, de apontar o dedo para os que fazem, como se fizessem para se mostrar e aparecer.

- Ah, faz isso só porque tem gente vendo…

De fato, há muito disso. Muito mesmo! Mas aqueles que praticam os atos-clichê do romantismo o fazem para se mostrar aos que os cercam, como se demarcasse território, o famoso mostrar que aquela terra tem dono. Socialmente lindos, intimamente quebrados.

Quantos casais trocam juras e carícias e declarações e fotos e vídeos publicamente, mas ao entrarem no carro tudo muda? Não se olham, não se tocam e não se sentem sem que haja uma plateia para ver que o amor deles é raro, é único e digno de inveja? É entrar no ambiente lotado e as mãos se unem… mas ao saírem do ambiente, os dedos se desentrelaçam.

Nossa, eu conheço vários!

Parece que para alguns é preciso que os outros sintam inveja para que o romance seja sentido em sua plenitude. É preciso o olhar dos outros e não apenas o olhar do outro que ladeia.

Mas fazer isso é fácil. Gravar vídeos com longas declarações, pedidos de casamento em praças de alimentação em shoppings lotados ou escrever juras de amor eterno nas redes sociais ou jogar toneladas de pétalas de rosa é das coisas mais fáceis que conheço. Porque sabem que isso será visto como uma prova de amor, que aquilo é real e digno de inveja… mas não é.

A realeza do sentimento acontece longe dos olhos alheios.

É a troca no silêncio, é a palavra não dita; é um abrir a porta do carro ou de um ambiente; descer a escada na frente e subi-la atrás, para que ela sinta segurança; puxar uma cadeira, empurrar o carrinho e carregar as compras do mercado; deixá-la e fazê-la andar do lado de dentro da calçada; calibrar e\ou trocar o pneu do carro; lembrar do seu anticoncepcional ou do absorvente e comprá-lo na farmácia caso ela comente que estão acabando; trazer um bombom no final do dia; lembrar de conversas aparentemente sem sentido; apreciá-la no banho , quando se vesti; trazer um copo de água ao se levantar; tirar sua camisa ou casaco e cobri-la quando ao relento da noite ou na neblina do dia; fazer uma massagem nos pés enquanto dialogam sobre qualquer coisa às duas da manhã; ver um filme e fazer uma pipoca; permitir que ela seja ela e assim se apaixonar ao vê-la livre da repreensão dos seus conceitos… tudo isso é romantismo para mim!

É zelar pelo bem estar do parceiro com pequenos gestos que fazem diferença, sem cobrar os mesmos gestos de volta, sem usá-los como moeda de troca ou botá-los em um altar como troféus dignos de serem memorados. Aquele que faz algo esperando ter o mesmo em troca está perdendo o principio vital do romance: querer ver o outro bem pelo simples fato de que assim você também estará bem. É querer fazer de tudo apenas para receber um olhar satisfeito e um sorriso agradecido de volta. Não há nada mais recompensador do que tirar um sorriso fácil daquele rosto que você acha lindo.

Mesmo na parte social do romance é possível fazê-lo sem que haja essa máscara da demarcação de território: conversar naturalmente nas redes sociais sem se preocupar que estejam lendo e vendo e sorrir ao receber um “bom dia”; trocar um simples olhar em meio a uma festa; acariciar a nuca ou ceder o braço ao caminharem; tocar o joelho e segurar a mão ao dirigir;

É estar entre várias pessoas e, ainda assim, parecer que todas desaparecem ao vê-lo sorrindo em suas companhias. É saber que ele pode se divertir com outras pessoas que não sejam você e gostar da risada dele mesmo que esta não seja causada por você. É fazer por ele e não pelo ambiente. Fodam-se os outros: o que importa é vê-lo bem, confortável. Com ou sem holofotes, ele saberá a intenção do gesto e sentirá que foi honesto, sem segunda intenção ou sem pretensão de ser algo que não se é.

Há sempre a parte piegas e brega do romântico: mandar letras melosas, escrever textos intermináveis e repetitivos, dedicar poemas e frases. Mas que isso possa e deva ser feito entre ambos mesmo que sob a luz da sociedade ou sob a penumbra do quarto à sós: os envolvidos sentirão o efeito, nãos os que vêem. Você faz porque simplesmente não cabe em você e não porque quer que outros vejam. Percebe a diferença?

- Ah, tá: falou a garota que escreve poemas intermináveis e textos enormes para a pessoa amada, que posta músicas e declarações para que o mundo veja e leia e saiba que ela o ama e que sente saudade e que está carente e… Ah, larga a mão de ser hipócrita e demagoga, Deise! Só escreveu esse texto imenso só pra aparecer e ganhar suspiros das idiotas que te lêem.

É… eu sei que alguém vai dizer isso ao terminar de ler. Apenas se lembre de que, talvez, exista alguém esperando uma mensagem sua e que você não mandou porque somente ela iria ler.

E nem precisa ser um “eu te amo”, não: aprendi que há muito romantismo em um zeloso “vai tomar banho” ou em um singelo “como você é besta”…

Eu estou bem feliz com o romântico que encontrei! Que me leva para ver o por do sol com mini-espumante para comemorar um novo contrato, que me diz q tem dificuldade para dormir se estou longe e isso não precisa ser estampado na minha time-line, simplesmente pq ficou grvado dentro da minha memória e da nossa história!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Há 01 ano!!!!


Valeu a pena eeee






quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Amantes da rotina

A rotina está presente na vida de todos nós e geralmente é alvo de criticas por todos os lados. Dizem que a rotina é chata e pode até matar um amor. E tudo isso é verdade. Mas, apesar disso, eu sou uma apreciadora da rotina. Gosto de saber o que vai acontecer no meu dia, ao menos saber o que está planejado para acontecer. Saber quais os próximos passos é algo que me deixa segura e zera a minha ansiedade, que sempre está pronta para ficar ativada. Gosto de viver sem muitos sobressaltos. Prefiro uma vida rotineira a uma vida de aventuras. Claro que viver experiências diferentes e inesperadas pode ser bom, mas definitivamente prefiro que isso seja exceção e não uma regra em minha vida.

Mesmo no campo amoroso eu acho que a rotina é necessária. A constância da demonstração de afeto faz que o amor se solidifique, que a gente acredite que o sentimento do outro por nós é real. Uma relação onde não há regras para contatos ou encontros fica frágil, o amor acaba virando uma coisa quase imaginária. Pois ele acaba não existindo na vida real, fica relegado ao campo das suposições. Assim não há como se fortalecer, pois o vínculo entre os amantes (aqui no sentido puro da palavra, ou seja, aqueles que amam) nunca vira algo concreto. E viver sem saber o que esperar do ser amado deve ser uma tortura e tanto. Acho que um amor rotineiro que proporcione pequenas doses de carinho e doçura todos os dias é muito mais valioso do que um amor que traga emoções fortes, porém em doses esparsas.

A rotina tem suas qualidades, temos apenas que aprender a enaltecer os pontos bons de uma vida rotineira e saber driblar os momentos chatos que são inerentes a qualquer situação recorrente em nossas vidas.

Eu gosto de rotina, fica tudo mais fácil quando você sabe o próximo passo que tem que dar!! Eu gosto especialmente da parte que eu deito na cama e encontro “ o meu cantinho” entre o ombro e o pescoço de quem amo.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Se minha vida tivesse trilha sonora

Acho que todo mundo tem uma música especial . Temos músicas que lembram, involuntariamente às vezes, certos momentos: ou porque estavam entre os hits da época, ou pelo seu significado ou porque simplesmente era pano de fundo naquele instante em especifico.

Eu poderia dizer que a minha música é “Fuego Lento” e se você perguntar aos meus amigos irá receber a mesma resposta. Ela marcou um tempo muito bom da minha vida e de minhas amigas, e até hoje “enlouquecemos” se tocar essa música na noite (com direito a pequena e discreta histeria feminina). Lembro que quando fui dançar pela primeira vez após a separação, entrei na Dublin e imediatamente começou a tocar essa música, parecia um sinal, uma abraço gostoso de um velho amigo, senti que tudo daria certo, como realmente aconteceu.Com meu relacionamento também foi assim.

Quando conheci o Rogério, havia apenas dois meses que estava solteira. Engraçado e sempre digo isso a ele, é que realmente nunca imaginei que teríamos alguma coisa, ficávamos dias, semanas sem nos falarmos e por várias vezes pensei em excluir ele do msn, nenhum motivo em especifico, só para fazer aquela limpeza básica nos contatos.. Lembro que quando começamos a falar de nossas historias elas eram tão parecidas e nossas separações tão recentes, que pensei: Bem, se eu me envolver com esse “tipinho” vou pedir para me decepcionar. Acho que ele também pensou assim.

Nossas vidas foram caminhando em paralelo, mas sempre trocávamos algumas palavrinhas, às vezes na madrugada, e o papo sempre fluía com tanta naturalidade, era muito gostoso. E nessas noites eu sempre estava ouvindo as mesmas músicas, e foram 6 meses ouvindo a mesma trilha sonora, e nossos laços se estreitando, até que quando nos tocamos a primeira vez nunca mais nos soltamos, e dessa época carrego duas músicas:

'I want to know what love is'http://www.youtube.com/watch?v=ap-hGByOtrY, Logo que começamos a namorar , ele me mostrou esta música e pediu para que eu prestasse atenção na letra. Impossível não soltar um “ aunnnnnnnnnnnn”

E da minha parte, a música que eu julgo tem haver com nossa história, que foi construída, tijolinho por tijolinho, como ainda fazemos diariamente é da diva Julieta Venegas “ Lento”

http://www.youtube.com/watch?v=bebWiipg1EA por que era exatamente assim que me sentia. Alias o melhor do meu aniversário foi irmos ao Show dela e sermos agraciados com tanta beleza musical.

Espero ainda termos muitas músicas, muitas histórias.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Competição

Vou continuar o meme do último post e falar mais uma coisa sobre mim que as pessoas não sabem. Ou até sabem, mas eu nunca, ou pouco, falei a respeito disso!

Sou muito competitiva!

E vejam só como me dei conta: Nesta última semana eu tenho tirado um tempo pra pensar na vida, em mim... É que estou caminhando (risos) e, no momento das caminhadas/corridas, é como se eu fizesse uma espécie de meditação em movimento!

Hoje, faz exatamente 5 dias que entrei numa reeducação alimentar e comecei a fazer exercícios físicos e bem hoje, quando fui me pesar, vi que o resultado destes primeiros dias forma bem satisfatórios. Comemorei porque não achei pouco! E logo comecei a pensar em estratégias mais eficientes para melhorar o resultado para a próxima semana, como beber mais água, por exemplo! Foi aí que me deu um estalo e eu pensei que estava agindo como se a minha dieta fosse um jogo.

Sim, ela é um jogo entre mim e o meu sobrepeso!

Percebi que é assim que encaro muitas coisas na minha vida. Principalmente àquelas que eu não gosto e sou obrigada a realizar .

Nem parei ainda pra ver se isso é bom ou mal. Mas relembrando momentos já vividos, fui buscando nas memórias coisas que eu fiz impulsionada por esta competitividade. Minha monografia foi assim , feita em um único mês. Eu sentava na frente do computador , e não importava mais nada, nem o tempo, nem o cansaço , nada!! Só desligava o computador depois de escrever, pelo menos 3 páginas por dia, tendo ou não tendo inspiração, me desafiava a isso!! As vezes fazia em 1h, outras levava 3h e alguns copos de café e cigarro (muitos).

Mas me recompensava sempre nos finais de semana: Nada de livros, nada de computador, me dedicava totalmente para minha filha e namorado. Deu Certo.

Claro que nem sempre fiz coisas das quais eu me orgulhei sendo assim. Mas, voltando ao assunto de ser competitiva e com o amadurecimento, o bônus da idade, acredito que posso tirar proveito desta característica!

Ser competitivo não é ser um mal perdedor. É ser movido à desafios, é buscar alternativas para chegar ao objetivo e, mais que tudo, é dar graça e emoção a este objetivo!

Pense: se você encarar as coisas desta maneira, elas poderão ter outro peso. Uma dieta pode ser tornar uma brincadeira mais leve, se você pensar que o brigadeiro que você resistiu vale 10 pontos a seu favor ou que academia de todos os dias vai dobrar a sua pontuação!

E assim, não só com uma dieta, mas com o trabalho que você precisa terminar, o armário que precisa arrumar, pode se tornar uma atividade mais prazerosa se você o fizer de uma maneira mais lúdica!

Meu desafio é perder de 500 gr a 1k por semana, pode não parecer muito, mas em um ano, são ao menos 25k.

O que me faria chegar a jan próximo, com 58,5k mas realmente não tenho essa ambição. Minha meta é sempre o próximo quilo!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Filhos, ter ou não ter? Eis a questão

Texto que expressa exatamente como penso

"Semana passada me telefonaram de um jornal para pedir um depoimento sobre mulheres que decidiram não ter filhos. Queriam um testemunho curto e rápido.Sobre um tema tão intenso? Fui curta e rápida, mas agora vou me estender.Tenho duas filhas planejadas e amadas, que nunca me provocaram um segundo sequer de arrependimento. Mas nunca fui obcecada pela maternidade. Acredito que qualquer mulher pode ser feliz sem ser mãe. Existem diversas outras vias para distribuirmos nosso afeto, diversos outros interesses que preenchem uma vida: amigos, trabalho, paixões, viagens, literatura, música - até solidão, se me permitem a heresia. Conheço mulheres que se sentem íntegras e felizes sem ter tido filhos, e mulheres rabugentas que tiveram não sei por quê, já que só reclamam. Há de tudo nesta vida. Mas tenho pensado nesta questão porque, dia desses, uma amiga inteligente, realizada e linda completou 50 anos e se revelou meio abatida por certos questionamentos que chegaram com a idade - uma idade que está longe de ser das trevas, mas que é emblemática, não se pode negar. Ela nunca quis ter filhos. Escolha não, impossibilidade. Tem uma vida de sonho, mas ela anda se perguntando: não tive filhos, será que fiz bem? Ninguém tem a resposta. Mas é fácil compreender o dilema. Quando entramos nos 30, o relógio biológico exige uma decisão: ter ou não? Algumas resolvem: não. Criança dá trabalho, criança demanda muita atenção, criança é dependente, criança interfere no relacionamento do casal, criança dá despesa, criança é pra sempre. Tudo verdade, a não ser por um detalhe: crianças crescem. Crianças se transformam em adultos companheiros, crianças são quase sempre nossa versão melhorada, crianças herdarão não apenas nossos anéis, mas nossos genes, nosso jeito, nossa história, e isso é explosivo, intenso, diabólico, fenomenal. Aos 30, só pensamos na perda da liberdade, mas, aos 50, conseguimos finalmente entender que a maternidade é muito mais do que abnegação, é uma aposta no futuro. Depois dos anos palpitantes e frenéticos da juventude, chega uma hora em que deixamos de pensar apenas no lado prático da vida para valorizar as conquistas emocionais, que são as que verdadeiramente nos identificam. Não estou fazendo apologia da maternidade, sigo acreditando que todas as escolhas são legítimas. Mas optar por não ter filhos não é algo trivial. É uma experiência profunda de que abriremos mão de vivenciar. É uma emoção que transferiremos para sobrinhos sem jamais saber como seria se eles fossem gerados por nós - ou adotados, o que dá no mesmo. Vale a pena desprezar este investimento de amor? Um investimento que, diga-se, é uma pedreira muitas vezes, não é nenhum mar de rosas! Nessas horas é que faz falta uma bola de cristal. O problema é se a dúvida vier nos atazanar mais adiante. A gente nunca sabe como teria sido se... É por isso que, neste caso, compensa queimar bastante os neurônios antes de decidir. Não dá para pensar no assunto levando-se em conta apenas o momento que se está passando, mas o contexto geral de uma vida. Porque não ser mãe também é para sempre."

(texto de Martha Medeiros, no jornal o globo de 08/maio de 2005)