domingo, 28 de junho de 2015

Só temos uma vida. E o que você faz da sua?


O preço do conforto é ser pequeno – Barão de Mauá quem é que não gosta de um bom sofá. Sabe? Um sofá grande, confortável. Um sofá fofo, macio, quentinho nestes dias frios de  São Leo? Que tal? E se, além do sofá, colocarmos uma pipoquinha? Ai, que delícia, uma pipoquinha bem quentinha, com manteiga?

Quem é que não quer? Pois é, todos nós sabemos o que é o conforto. Todos nós sabemos o que nos faz ficar confortáveis e o que nos faz ficar desconfortáveis. Muitas vezes, se sentir desconfortável com alguma coisa é pior até do que ter dor. É pior do que uma série de situações ruins, porque, ai, sei lá, incomoda uma coisa dentro da gente que a gente não sabe o que é.

O desconforto é, de fato, extremamente desconfortável. E aí você olha para a sua vida. Seu pequeno sofá de vida, aquela zona de segurança onde você se encontra. Uma família, um relacionamento, um emprego, não sei. Aquela coisa que há tempos não é boa, mas é confortável.

Aquela vida, vidinha, que faz com que você sinta que merece uma caixa de cerveja no fim de cada dia. Que faz você pensar que não tem problema arrumar só uma paquerinha fora do casamento. Aqueles pequenos pecados que, de tão pequenos, passam despercebidos. Aquela tentativa da alma e do espírito em mostra que não, as coisas não estão boas. Mas estão confortáveis. E por confortáveis eu digo, você conhece.

Você não precisa pensar muito, você já sabe como lidar. Pensa, se eu ficar bem quietinho e não responder, não arrumo confusão com meu marido. Eu odeio fazer isso, mas, pelo menos, eu não preciso pensar que meu casamento acabou faz tempo. Ou, se eu fizer meu trabalho aqui na empresa médio, ninguém me mandar embora e eu não preciso parar e pensar porque eu queria ser agricultor e agora sou escriturário. E odeio. Mas pago as contas, com dificuldade, não estou passando fome. Ai que lindo! Fique até comovida agora.

A frase o bom é inimigo do ótimo é extremamente verdadeira. E quer dizer isso mesmo que, muitas vezes, não queremos sair da nossa zona de conforto. Ah, os amigos são pessoas ótimas, mas ir até lá? Poxa, a fulana mora tão longe, tão distante! Não seria melhor ficar aqui, pedir uma pizza? Vou ter que me arrumar pra ir pra festa? Ah, mas eu não tenho um sapato. Vou ficar em casa. E a vida passando lá fora. E a vida correndo, até o dia em que você olha no espelho e pensa: quem é essa senhora? O que ela fez da vida? Ela se divertiu? Ela dormiu pelada só pra refrescar, nadou num rio que não conhecia a água?

Ela tomou pelo menos um porre? Ela dançou agarradinha até às cinco da manhã? Ela curtiu os filhos crescendo, os levou ao parque para se sujar na lama? Ela se sujou de vida? Ou ela ficou bem. Confortável, acompanhada de uma TV a cabo eu um cálice de vinho barato (porque, né, não deu pra comprar um melhorzinho). O que diabos você quer da sua vida? Outro dia eu ouvi a expressão: preguiça de viver.

A preguiça de viver é a irmã caçula da depressão. Você vai tendo preguiça de fazer as coisas. Preguiça de vencer seus medos, preguiça de tentar. E um dia você está tão instalado na sua zona de conforto que nem sabe mais quem você é. E espero que, lendo este texto, talvez você identifique isso em uma ou duas áreas da sua vida. E pense que o tempo está passando e precisamos só ir em frente. Com medo ou não. Com preguiça ou não. Precisamos buscar a nossa força, lá dentro e ir atrás do que queremos.

Porque somos muito, muito maiores do que imaginamos. Temos muito mais talentos que nos fizeram acreditar nossos pais e professores. Somos enormes, gigantes e perfeitos! Aos olhos do Universo. Aos olhos da criação divina! Então aproveite os seus potenciais, sejam eles para o que forem. Um trabalho, um hobbie, um novo relacionamento?

Afinal de contas, do que você precisa?

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Sobre 24/11/2012.

Porque nem todas as histórias podem ser contadas, mas todos os ciclos devem ser fechados.
Texto feito e guardado desde 2012

Tu és capaz de sentir?

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto. 
Este silêncio é assustador. Não porque talvez ele não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele machuca. E ando muito ferida pra suportar um pouco mais de dor. Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabe? Porque esta incerteza toda tem me desnorteado demais. E uma ansiedade aguda toma conta de mim minuto a minuto.E ainda há a saudade.E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longínquo!E estou com pressa, e sede e fomes demais. Percebe como minhas palavras estão respirando com dificuldade? Então eu te peço pra não me deixar tão sozinha assim nesta fase. Mesmo que haja sol e as ondas vão e venham incansavelmente me lembrando do movimento da vida, a sua voz me faz tanta falta quanto uma brisa. Não que tenha me faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas. E ainda, o barulho das cidades têm me incomodado tanto quanto este silêncio denso. Então eu fico sem saber pra onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que alguém venha me abraçar novamente. E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz. Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada.Só estou te dizendo estas coisas porque acho estranho você não ter a menor curiosidade em saber como tenho me sentido. Depois de tudo. Porque não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que você esteja bem. Só isso. ”

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Quando a declaração de amor é inútil...


Dia desses conversava com uma amiga sobre dor de cotovelo.
Sim, ela estava sofrendo por amor.
Fui dura com ela. Percebi que minha amiga ainda sonhava em ter a figura de volta. Só que, pelo andar lentíssimo da carruagem, a fila da dele já tinha seguido .
Mesmo assim ela não se conformou. Insistiu. Fez declaração de amor estilo melodrama. Pegou música no youtube. Mandou sinal de fumaça. Gritou. Pagou paixão direto. E chongas.
Preocupada, conversei com ela novamente . Tentei colocar massa cinzenta naquele cérebro apaixonado e doentio. Sim, a pessoa apaixonada e abandonada está doente. Não medi palavra.
Tentando salvar a alma dela do purgatório, eu disse : “ Se toca, amiga, elew não é o amor da sua vida, se fosse, estaria com você. Você até pode achar que ELE NASCEU pra você, mas você, não nasceu pra ele. Entende a diferença ?“
O que disse para minha amiga, digo para todas as mulheres:
Quando a pessoa amada quiser fazer as malinhas e se mandar, DEIXA. Pelamordedeus ! DEIXA. Controle seus ímpetos amorosos. Não se declare. Não ligue. Não procure. Em amor, na maioria das vezes , é necessário orgulho, sim. Vamos colocar de uma vez por todas nas cabeçorras escovadas : NOSSO lindo amor, salve, salve, não vai comover e nem encantar o outro. Não adianta contratar banda de música. Pagar mico em praça pública. Babar que nem cachorro abandonado.
ACORDA ! Não é por AMAR neuroticamente alguém, que o outro vai amar com a mesma intensidade.
A velha e surrada frase tá valendo : Quando um não quer, dois não brigam. Não se convence ninguém a ficar com ninguém. Cada um é livre para ficar com quem quiser.
Quer chorar ? Sofrer? É praticante de masoquismo ? Então chora na cama que é lugar quente. Ou com as infelizes das amigas. É para isso que servem. Chora no telefone. Facebook. Com a caixa da padaria. Na fila do banco. Toma um porre. Escuta música alta, enchendo o saco da vizinhança, mas POR FAVOR, não se ARREGANHE. O outro não vai gostar de VOCÊ por causa das suas declaraçãos FOFAS de amor.
Poesia ? Nem pensar. Não dá certo. EU SEI !!!!
O OBJETO AMADO não vai achar glugluzinho, bonitinho, meiguinho, a sua pagação de mico.
O efeito pode ser inverso. A PESSOA AMADA ( coitada ), pode é ficar com raiva de tanta encheção de saco. ( eu conheço casos bem próximos)
Então, cabelo escovado, vergonha na cara. RESISTA a tentação de bancar a palhaça !
Dá muito trabalho TIRAR A MAQUIAGEM.
Desprezo. É a única maneira de sobreviver com dignidade.
Absorveu ? Ótimo.