terça-feira, 1 de novembro de 2011

31/10/2006 - Grávida!!!



Há 05 anos descobria a chegada da Alícia, que ainda era Antônio em minha cabeça...

A certeza de sua presença em nossas vidas foi tão aguardada, programada e desejada que ela ainda não pode imaginar. Foram meses de preparação, exames negativos, tabelinhas , até que enfim recebemos o resultado.

Todos, absolutamente todos, ficamos absortos em felicidade imaginando como seria seu rostinho, seu sorriso... Eu ficava horas no espelho esperando que minha silhueta mudasse num piscar de olhos.

Com certeza gerar a vida, foi um presente de Deus. Compreendi o sentido de milagre naqueles 09 meses. A primeira vez que ouvi o coração do meu bebê batendo tão forte dentro de mim foi mágico, menos de 02 cm e um coração que batia a 182 bpm.

Com cada fase do desenvolvimento da gestação eu me sentia mais viva e mais forte. Desde cedo minha pequena demonstrou ter personalidade, primeiro para medir sua pequena nuca tive de esperar horas no consultório, pois ela não parava de pular e mexer seus bracinhos que ainda eram brotos! Após algumas semanas, ela quebrou com todas as apostas de quem esperava por Antônio, tive que me acostumar com a ideia de ser mãe de uma menininha.

Foram nove meses que dividi meu corpo e minha alma. Curti o máximo tudo que pude, acariciava minha barriga constantemente, fiz um lindo enxoval cor de rosa para...ih!!! Meu bebê ainda não tinha nome rsrsrs era tão difícil escolher, nenhum parecia suficientemente bom.

O pai e eu tínhamos ideias de nomes definitivamente opostas, por ele, ela se chamaria Ramona ou Hellen, por mim Catarina ou Clara. A única certeza é que não se chamaria Vitória, Júlia ou Maria Eduarda. Ela teve muitos nomes que duraram alguns dias ou horas: Betina, Antonella, Marina... A escolha estava realmente difícil, eu queria um nome especial, diferente e que refletisse todo o cuidado com que esperávamos nossa garotinha.

Decidimos então que seria um nome espanhol, para refletir a ascendência espanhola e castelhana do pai , que era de Uruguaiana. Após muito estudo e testes de pronuncia encontrei um livro na biblioteca da avó paterna: “Alicia en el país maravillas“. Estava decidido, quem estava a caminho era nossa Alícia (assento para não haver confusão com a conjugação do verbo “aliciar” na terceira pessoa do singular rsrs).

Os meses foram passando lentamente, meu ventre cada vez mais lindo e volumoso, era um sonho se materializando dentro de mim! Cada chute era uma alegria, festejamos cada etapa, cada grama ganhado nos US, ficávamos imaginando qual seria sua altura pela medida do pequeno fêmur, a cor dos olhos, dos cabelos...

A ansiedade para conhecer o rostinho era tanta que fizemos o ultrassom em 4 dimensões... E como diz a música:

Seu rosto na TV Parece um milagre Uma perfeição Nos mínimos detalhes...

Mais tempo se passou e o dia da previsão de parto chegou!!! Chegou e passou. Sim porque D. Alícia não tinha a mínima intenção de vir ao mundo de modo comportado ou convencional !!! Estão marcamos a data da cesariana, escolhemos a trilha sonora daquele momento lindo e em 26 de junho de 2007, às 18h 37, finalmente nos conhecemos. Ela era tão linda!! Gordinha e cor-de-rosa e contrariando mais uma vez as expectativas, não nasceu lourinha e de olhos azuis...era morena e com olhos esverdeados! Chorava tanto, mas quando nos colocaram frente a frente, a química foi forte! Ela me olhou como com quem diz: “- Olá , sou eu quem te chutou esses 09 meses!!”

De lá para cá aconteceu muita coisa, passamos por muita tempestade sempre juntas, ela me ensinou mais do que eu a ela. Adaptamos-nos e não foi fácil, nosso amor foi construído diariamente e hoje compreendo perfeitamente o que é dar a vida por alguém.



2 comentários:

  1. Lindo Deise!
    Esqueceste de colocar que a alegria do dia foi dividida com a chegada da minha Ana Clara...
    Das mensagens angustiadas na madrugada anterior ao grande dia... dos telefonemas...
    Com certeza, tudo muito lindo!

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  2. Verdade Manu!Muita coisa ficou de fora ...nossas neuras, a união das mafagafas...e principalmente dividirmos as datas de aniversário. Como sempre digo, foi um privilégio dividirmos essa fase juntas!

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