Nunca reconheci uma mulher mal-amada de longe. Não tenho esse faro, confesso. Mas de perto eu conheço todos os traços: o olhar, a maneira como age, alguns atos deseperados, o sorriso mais que amarelo, as perguntas nada discretas.
Mulheres mal-amadas são facilmente desmascaradas. Sim, porque elas sempre tentam se passar por zen, por bem resolvidas, vestindo uma carapuça que elas mesmas, sem perceber, deixam cair. Mulheres mal-amadas cavam a própria cova. Quando você se descobre vítima de uma mulher assim, você fica se fazendo um milhão de perguntas. É nessas horas que tenho dó dos homens que têm que aturar uma mulher mal-amada, as nóias e as mentiras que elas inventam.
Eu tenho namorado. Mas já estive solteira, mas nunca fui mal-amada. Todos os meus ex-namorados, ex-ficantes gostam de mim, me conhecem muito bem, ainda têm minha amizade e consideração totalmente recíprocas. Eu dou a maior força pra todos eles, pra que sejam felizes com outras. Sou fidelíssima ao ditado que diz: "não faça com os outros o que não quer que façam com você".
Mulheres mal-amadas não agem assim. Pelo contrário, elas agem feito verdadeiros diabinhos ou até pior. Fazem de um tudo pra prejudicar os felizes. Uma mulher com orgulho ferido é um perigo, é uma bomba relógio. Elas fazem um mudo falar, um surdo ouvir, põem palavras na sua boca, inventam conversas que nunca aconteceram, lhe colocam em situações que nunca existiram. Jogo sujo é com elas. É uma situação penosa. E eu costumo dizer que não há sentimento pior que pena... nem a raiva, nem a solidão, nem a tristeza.
Uma pena também não existir psicologia que explique, muito menos manicômio que trate o mal de ser uma mal-amada.
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