domingo, 30 de outubro de 2011

Quem desdenha quer comprar

Tem um ditado que diz que somos três pessoas : Quem nossa mãe acha que somos; Quem nosso chefe pensa que somos; Quem de fato somos. Eu acho que deveria ter outro: Sou quem meu Orkut, face ou msn diz que sou. Raquel Recuero (salve), no livro “Redes sociais na Internet” (2009), fala sobre a construção dos personagens nas redes sociais. Afinal, em nossa página somos quem gostaríamos de ser, ou quase. Somos sempre inteligentes, bacanas, descolados, populares. Selecionamos exatamente o que desejamos ser. Isso decorre da necessidade humana de aceitação. A interface quase esconde o que somos de verdade, digo quase, pois tendo visitado tantos perfis por motivos profissionais, além dos de minha modesta rede de contatos, posso afirmar que sempre deixamos uma fresta para que os demais nos descubram, pois é impossível interpretar o tempo todo. Pessoas felizes não precisam demonstrar isso na rede, correto? Não. Mas isso não quer dizer que todo mundo que está feliz esta mentindo. Embora em alguns casos, o excesso de eu te amo, seja prenúncio de crise e pessoas muito seguras ocultem por trás disso a carência de um bebê. Como falado anteriormente, não conseguimos fingir todo o tempo e mais cedo ou mais tarde essa insegurança irá transparecer. Algumas postagens atrás, falei que observo as ações e as pessoas, como em uma espécie de zoológico e isso me ajuda a identificar certos comportamentos e refazer alguns conceitos. Em um caso especifico cheguei para um conhecido e disse:”-Olha, é estranho, mas a fulana te ama mais do que a tua namorada. Para essa obsessão, eu não tenho explicação, não conseguiria viver assim.” Depois, observando com mais atenção, concluí que não era amor, e sim uma mescla de baixa autoestima com negação da realidade. A garota via nele uma tábua de salvação da vida que ela julgava medíocre. Agora quer saber como concluí isso? Por experiência pessoal: quanto mais se agride, mais se deseja. É a forma que a pessoa tem para se defender do fato de que não possui aquilo que quer - o famoso: quem desdenha quer compr

ar.

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