sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Tenho pena de pessoas infelizes.

Tenho pena de pessoas infelizes. Não estou aqui falando de pessoas com dificuldades financeiras, de saúde, de relacionamento, enfim, daquelas que realmente têm algum motivo para estarem infelizes. Estou falando daquelas que, com todas as chances do mundo de serem felizes, optam por viver de mau humor, sem dar um sorriso e, pior de tudo, se incomodando com a felicidade alheia.
Acho que todo mundo conhece alguém assim. Aquela pessoa que não pode ver o outro satisfeito e, se possível, faz alguma coisa para estragar essa alegria. E esses infelizes existem em todo lugar: na família, no trabalho, no círculo social de amigos. Mas o que eles não sabem é que, ao contrário da felicidade, que pode ser contagiante, a infelicidade “não pega”.
Conheço algumas figuras assim. Parece que acordam com o mundo contra si e decidem, assim que levantam, que vão viver carrancudas, sem sorrir e, de preferência, achando alguma maneira de prejudicar aqueles que, a seu ver, estampam uma felicidade perene. Fico imaginando a hora em que essas pessoas se deitam... Devem olhar para o teto e pensar: “Bom, como eu sou infeliz, quem vou fazer infeliz amanhã?” E aí perdem tempo e energia se dedicando a, de alguma maneira, querer espalhar sua infelicidade.

Só que, do mesmo jeito que existem esses pobres coitados, podemos ver o outro lado da moeda: aqueles que nascem com o dom da felicidade. E são felizes por nada, ou melhor, por tudo. São felizes por estarem vivos, terem amigos e família, por trabalharem, por realmente viverem. São aqueles que não ficam colocando obstáculos à sua satisfação: “Quando eu casar”, “Quando eu tiver um filho”, “Quando eu comprar um carro”.
Vivemos num mundo em que colocar obstáculos à felicidade é bem comum. Se não tivermos o carro do ano, uma casa, um(a) companheiro(a), filhos, dinheiro no banco... não somos felizes. Assim, prazeres simples são esquecidos em detrimento de ideais que nem sempre são os realmente desejados.
O segredo da felicidade? “Quando levanto eu me pergunto se quero ter um dia bom ou ruim. E sempre escolho ter um dia bom. Aí está o segredo da minha felicidade”.
Que os infelizes possam acordar e pensar nessa escolha. Entre se incomodar com a felicidade alheia e se preocupar com a própria satisfação, o que é mais prazeroso? É uma questão de opção. Que o bom senso mostre qual é mais vantajosa. Porque ser infeliz é realmente de dar pena. E tem coisa mais triste do que sentir pena de alguém?

Um comentário:

  1. A pena é o pior dos sentimentos. É a pior coisa que alguém pode sentir por alguém...
    Mas as vezes é o que resta. Algumas pessoas praticamente imploram para que se tenha pena delas..

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