quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Paciência e o Tempo

Acredito que estou entrando numa nova "Era", e estou feliz, essa semana comecei reflectir, sobre meus maiores erros, maiores acertos, e tudo me levou ao denominador comum , meus maiores defeitos: a impulsivida e a impaciência. Sempre que fui impulsiva me arrependi da decisão impensada, de agir em momento inoportuno. Em compensação, toda vez que pensei 2, 3 vezes antes deu tudo certo. Sei que devem estar pensando: " A criatura levou 25 anos para perceber isso?" . Na verdade sempre soube, apenas não tinha coragem de assumir , pois ao tomar como verdadeira esta ideia, acabava por perder uma das minhas caractaristicas principais ou o que eu achava ser: passional. sempre foi essa a minha descrição,mas hoje vejo que usava isto para justificar minhas atitudes insanas.
Mas caros amigos, a vida sempre dá uma segunda oportunidade , eu realmente acredito nisso, e creio que esta é a minha segunda chance.E estou me deliciando com cada novo momento , desgustando cada instante, cada nova emoção, e esperando que cada dia seja( e será )possivelmente melhor que o próximo. Em celebração a este meu novo passo na estrada do auto-conhecimento publico este texto sobre a LOGOSOFIA, grande mas vale a pena reflectir.

A paciência inteligente contrapõe-se à espera passiva. Esperar por esperar não tem nenhum sentido. É sempre possível realizar algo útil enquanto se espera.A irritação, como tantas outras reações do temperamento humano, é uma grande perda de tempo. O impaciente está sempre com pressa e se irrita com a menor espera.
Todos vivemos muito apressados, pressionados por compromissos e horários, numa louca e absurda carreira que chega a comprometer nossa saúde física e psicológica. Ao fazer tudo com pressa, desesperadamente, a qualidade do que se realiza fica muito comprometida; a correria leva ao automatismo, à desatenção, ao desprezo pelos detalhes que mereceriam um olhar mais detido, mais cuidadoso. É como se as pessoas corressem, constantemente, atrás de um futuro que não chega nunca, como se almejassem um final sobre o qual se precipitassem sem saber qual seria esse fim.
Há um ditado popular que diz ser a pressa inimiga da perfeição; não exageremos, não pretendamos atingir a perfeição; pretendamos, sim, aperfeiçoar tudo o que façamos; e, para isto, a pressa é uma grande inimiga. A perfeição seria um objetivo estático que, depois de alcançado, talvez se transformasse em algo monótono, enquanto que o aperfeiçoamento constante seria um movimento progressivo, inteligente e infinito. O fascínio pela conquista de um objetivo poderia levar a uma correria que nos impedisse vislumbrar ou apreciar, no decorrer do caminho, as belezas dos lugares por onde vamos passando. Portanto, seria inteligente a construção de objetivos móveis, e, ao caminhar em sua direção, apreciar as paisagens da viagem. E ter também presente que todo objetivo criado deveria substanciar dois grandes ideais: ser-nos útil e a quantos conosco convivam. Da inteligência dos objetivos criados no transcurso de nossa vida dependerão os momentos felizes que possamos viver. Objetivos mal formulados poderão fazer com que o caminho para alcançá-los seja espinhoso, dolorido, sofrido.A vida é feita de espera; tudo tem o seu tempo: os dias, as noites, as estações do ano, a gestação de um ser, de um pensamento, de uma idéia. Em qualquer sala-de-espera podemos pensar na própria vida, em como mudá-la para melhor, recordar um amigo que não se vê há muito tempo, alguma alegria que ficou perdida no passado. O tempo de espera pode transformar-se em algo útil. Saber esperar é sinônimo de saber viver. Alguém, no futuro, estará nos esperando e perguntará o que fizemos de nossas vidas, o que buscamos, o que realizamos; se tivermos conseguido ser inteligentemente pacientes em nossa trajetória, certamente teremos uma resposta satisfatória
A vida do ser humano é repleta de planos, sonhos, espera. Chegamos à Terra sabendo muito pouco sobre a vida e seu significado. Outras pessoas imaginam o nosso futuro, planejam por nós, e seguimos os sonhos alheios. Um dia descobrimos que podemos sonhar por nós mesmos; que somos capazes de realizar por nossa própria conta.Nada é tão fácil na vida como no mundo ilusório das telenovelas, dos esportistas e artistas de sucesso. No mundo real, no dos lutadores e heróis do dia-a-dia, nada se consegue magicamente. Ali as armas pessoais são poucas. Há, no entanto, uma arma mágica que poderá transformar em fáceis os planos aparentemente difíceis. Essa arma chama-se paciência.Ser paciente como o sol que ilumina a Terra a cada dia; como a Natureza que luta contra as agressões humanas; como a mãe que espera o tempo certo pelo fruto de sua gestação; como a semente que chegará um dia a florir.O equívoco da paciência é a passividade. A nossa paciência deve ser diferente: enquanto esperamos, lutemos e trabalhemos pelo objeto de nosso sonho. Esta é a paciência que Deus nos ensina através das manifestações da Natureza. O tempo de vida do ser humano pode transcender a mensuração limitada das horas, dos dias e dos anos que se sucederam na trajetória definida entre o instante do nascimento e a transição para a morte. Esta ampliação do próprio tempo é uma conseqüência da ampliação da vida mental, a vida verdadeira. Nesta esfera pode-se viver muito ou pouco, dependendo dos conhecimentos que se tenha.Os tempos de evolução caracterizam-se pelo esforço continuado na busca do conhecimento e pela ampliação da consciência. Para aproveitar o tempo conscientemente é necessário aprender a pensar; a produzir soluções luminosas para os problemas individuais e coletivos.
Administrar bem o tempo significa acumulá-lo dentro de si; ser consciente daquilo que se viveu e ter um plano para a vida futura; ter um domínio sobre si mesmo e um objetivo definido para a vida que se está vivendo; todos os atos e pensamentos imantados por um grande objetivo que abarque o aperfeiçoamento individual e coletivo da espécie humana. Significa, antes de tudo, encarar a vida como um grande campo experimental de aprendizado e realização
Quando vemos uma obra de arte, uma escultura, um quadro, um livro, é preciso compreender que o artista trabalhou durante um longo tempo, cada dia um pouquinho, e desses pequenos fragmentos somados apareceu a obra pronta através de uma concentração de tempo. A nossa vida deve ser como um grande livro, uma obra de arte na qual vamos agregando algo novo a cada dia, o livro da vida. O artista não pode ter pressa e nem preguiça. A maior obra de arte que o ser humano pode fazer é esculpir a própria figura, escrever o próprio livro da vida, ser o autor, o ator e o espectador dos próprios dias, dando um salto por sobre a morte e vivendo a eternidade em seu físico existir.A paciência é irmã do tempo; um atributo superior que precisa ser desenvolvido. Ser paciente significa adiantar-se ao tempo; lutar pelo que se quer enquanto se espera; ser inteligente e seguir as lições da Natureza com suas estações e seus amanheceres

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